Mas, se foi Cristóvão Colombo o descobridor, por quê América, e não Cristovania, Colômbia? E por que Estados Unidos? E por que Itália? E por que Rússia? E por que Argentina? E por quê Noruega?
Why Brazil?
Para os que saíram pelo mundo, sem saber. Para os brasileiros da segunda e terceira geração de imigrantes. Para os filhos e netos de brasileiros que nasceram/nascem no exterior:
“Deus me livre, dessa árvore sai sangue”.
Quando o marujo Manuel Soares viu o índio cortando o tronco e dele sair uma resina vermelha Ele gritou, “Meu Deus, meu Deus, dessa árvore sai sangue. Isso é maldição. Isso é maldição”.
Árvore frondosa, pode chegar aos 30 metros de altura. Folhas miúdas, com variação de verde. Das flores, um perfume leve, inebriante. Quatro pétalas amarelo-ouro, e no centro delas, o vermelho-púrpura. Madeira boa para canoas, andaimes, portais, caixas. Os índios a chamava de IBIRAPITANGA, IBIRAPITÃ…
O corante Made in Brazil
Dez anos depois da chegada de Pedro Alvares Cabral, zarpou a primeira caravela levando cinco mil toras do pau- rosa, pau-vermelho, pau-brasa, pau-Brasil. E fomos “descobertos e ficamos famosos” pela resina avermelhada das toras.
A cor do luxo e do poder
E Portugal vendeu para Reis e Rainhas. A cor vermelha passou a ser a cor do luxo e poder. Da nobreza. E as mulheres da Europa nunca mais foram as mesmas.
O pau do Brasil fez delas belezas em seus vestidos coloridos. Uniformes militares. Trajes reais. As capas e os chapéus dos Cardeais. E os pintores passaram a criar melhor, graças ao corante “Made in Brazil”.
Fernando de Noronha foi o primeiro português a receber do Rei o direito de derrubar, transportar e vender as toras do pau-brasa (Brasil). E chegaram os franceses e holandeses, que também levaram milhares de toras, da Bahia, de Pernambuco, e do Rio de Janeiro.
Em livros contábéis de Portugal: setenta milhões de árvores foram derrubadas. Umas 500 por dia. Para agilizar, os portugueses trouxeram machado e serra. E os índios trabalhavam mais para ganhar mais espelhos, mais pentes, mais facões, mais canivetes…
A pena de morte
O pau-Brasil era ouro com o qual Portugal lucrava horrores. Bastava derrubar, encher as caravelas, e vender. Para proteger a “mina de ouro” da extinção, em 1700, cortar árvores de pau- brasil podia gerar pena de morte. A ganancia criou a derrubada” “ilegal” e o contrabando. (Vendiam 60 kg de toras por 240 réis).
O violino
François Tourte criou o primeiro arco de violino com a madeira do pau-Brasil. Ainda exportamos para Alemanha, França, EUA. Violinos com a madeira “brasa” são caríssimos.
Árvore Nacional
Em 7 de dezembro de 1978 a Lei 6.607 declarou o pau-Brasil Árvore Nacional. E pela Lei, o Ministério da Agricultura deveria/deve implantar viveiros. Distribuir mudas.
Em cada escola uma árvore
O pau-Brasil leva 100 anos para ser uma árvore adulta. Por isso, espécie em extinção.
Que bom seria/será para a memória, e o nosso orgulho nacional, se cada escola municipal, cada colégio estadual, cada universidade federal, criasse bosque, alameda, ou plantasse 20 árvores, ou dez árvores, ou plantasse UMA ÁRVORE que deu o nome ao meu país, ao nosso país, Brasil.
Trilha sonora:
Favor Encaminhar www.diadobrasil.com.br. Contato: diadobrasil1@gmail.com